sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Deus salve a rainha: Séries de Ficção Científica Inglesas


As séries de ficção inglesas sempre me chamaram a atenção desde a década de 1970. A Tomorrow People, conhecida por poucos no Brasil por “Seres do Amanhã” foi uma delas. Hoje, estou tentando legendar todos os episódios que consegui para liberar a quem interessar. Pena que alguns episódios se perderam lá na no país da Rainha. Outra série que eu recordava muito pouco era “O Prisioneiro” que agora pensam em remake. Parece que promete.

Mas a que é um Cult por lá, sem dúvida nenhuma é Doutor Who. Curiosamente, tão reconhecida entre os ingleses como é Star Trek entre os americanos. Essa eu conhecia apenas de fama e confesso sempre fui curioso em conhecê-la. Cheguei a assistir poucos episódios que chegaram sorrateiramente em VHS por aqui. Agora, nos idos da informática e do DVD, foi possível realizar esse intento. Acompanhando o atual Doutor Who, percebi que é continuação dos outros 7 ou 9 que já existiram. Sim, 7 ou 9atores interpretaram esse misterioso Lorde do Tempo que nunca morre, mas que costuma metamorfosear seu corpo. Sempre acompanhado de alguma transeunte que apareceu em seu caminho, para facilitar a identificação do telespectador e fã da série.

Maneira interessante de trocar o elenco e não cansar o público. Talvez essa seja a fórmula que os roteiristas ingleses da BBC encontraram para eternizar uma série que já perdura por aproximadamente 40 anos. O curioso desta série é que não existe nave espacial, pelo menos não como estamos acostumados. O veículo de transporte temporal do velho doutor é uma cabine telefônica inglesa. Como ele controla o tempo e o espaço nada mais natural do que uma cabine aparentemente pequena que comporta uma enorme e poderosa nave espacial! E já esta dando frutos. Um “spin-off” que surgiu dentro dela e que também virou série de sucesso na Europa é Torchoowd, que significa um anagrama da palavra Doutor Who. Um grupo de policiais liderados por um imortal (amigo do Lorde Temporal Doutor Who) que investiga estranhos casos do insólito em uma pequena cidade inglesa que esta em cima de uma fenda temporal. O grupo na realidade foi idealizado pela Rainha Vitória que considerava Doutor Who inimigo do estado. Ambas as séries tem um “q” de bizarro, um além da imaginação, mas que não perde o encantamento, ao contrário, enriquece ambas as séries.

A diferença entre ambas talvez esteja nas cenas mais adultas de Torchwood que esta desgarrada de preconceitos, que são mais sutis em Doutor Who.
Mas, pra quem aprecia o típico humor inglês como eu, indico ambas as séries que podem ser aprofundadas nesse blog que agora recomendo. O UniversoWho ou Whoniverso como prefere o webmaster de lá, é o melhor blog em português da série e oferece muitos presentes nostálgicos pra quem se interessar.
http://universowho.wordpress.com/ (material sobre Doctor Who e spin offs)
http://seresdoamanha.wordpress.com/ (material sobre Seres do Amanhã)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Coldplay- Life in technicolor

Como diz um amigo, a dica é clicar em HD e relaxar...


quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Previsão da internet em 1969!

Interessante as previsões que encontramos perdidas no tempo. Veja essa da internet em 1969:

domingo, 2 de agosto de 2009

OS CIENTISTAS (PARTE 2)


Em destaque o fascículo de Leornardo Da Vinci e as experiências que continham sua caixinha.


Aqui estão as 50 caixinhas de isopor que foram lançadas na época, em bancas de revistas brasileiras. Quer conhecer todas? Visite http://oscientistas.wordpress.com/


Isaías Raw
link para artigo atualizado do Profº Isaias Raw sobre o relançamento da coleção.

Agradecimentos a família Bunese, em especial a Angela Bunese pelo empréstimo desse e de outros fascículos.

Conheça também o blog "Os Cientistas"

OS CIENTISTAS - que saudade...


Quando eu era guri, cerca de 10 ou 11 anos (década de 70), em plena época de ditadura, a Editora Abril em conjunto com a extinta FUNBEC (Fundação Brasileira para o Desenvolvimento de Ensino de Ciências), lançaram a coleção “Os Cientistas”. Eram caixinhas de isopor tamanho A5, contendo vidros coloridos, lâminas da natureza, frascos mágicos (químicos), balança, molas, microscópio e muitas...muitas experiências no campo da física, química e biologia. Com certeza, hoje devem existir muitos cientistas ou professores que foram de alguma forma influenciados a exercerem suas profissões, intuito sine qua non do pesquisador Isaías Raw, que hoje chefia o Instituto Butantã.
Recordo que os comerciais da campanha publicitária da Abril eram convincentes e graças a eles, consegui adquirir a primeira caixinha que continha o cientista Volta, inventor da pilha. Com ele e com um pequeno manual acompanhado de uma lâmina plástica vermelha que permitia “visualizar” respostas às perguntas que vinham nele. Convencer meu pai a comprar a cada 15 dias aquelas caixinhas “mágicas” era a missão mais difícil. Hoje, imagino por conta disso que seu preço não era muito acessível, mas penso que se meus pais soubessem o valor que aquilo proporcionaria a longo prazo não pestanejariam um segundo em comprar todas as 50 caixinhas. De qualquer forma, consegui apenas ir até a metade e lembro perfeitamente que meu passatempo favorito naquela época, era o de visitar toda semana uma banca de revistas e sem demora procurar entre as demais revistas da época, a caixinhas brancas que populavam minha imaginação juvenil.
Certa vez, já com 13 anos quando ingressei no ginásio, minha professora de ciências, comentou sobre a célula e sua partes, a ameba e outros bichos. Indaguei se poderíamos visualizar tudo aquilo em um laboratório ou em algum microscópio, quando soube pra decepção de todos, que o colégio apesar de ser particular, de padres, não possuía laboratório ou sequer um microscópio. Todo faceiro ofereci a minha professora um empréstimo de microscópio para que ao menos minha turma (cerca de 40 alunos), pudesse prestigiar pessoalmente as maravilhas do mundo microscópio que ela tanto mencionava em suas aulas.
Como seria interessante se as crianças e jovens de hoje também tivessem acesso a algo similar com tanta facilidade. Hoje, imagino a alegria de Isaias Raw se soubesse o que apenas um de seus pequenos e majestosos microscópios, puderam proporcionar a um grupo de estudantes curiosos que não tiveram a mesma sorte que tive, de conhecer aquela fantástica coleção dos Cientistas. Aquela experiência também serviu para que eu percebesse a dura realidade daquele período, pois mesmo minha professora de ciências apaixonada pelo tema, não possuía um microscópio ou sequer teve acesso à coleção. Aliás, uma dura realidade que ainda perdura em nosso país.
Lembro também que muitos artefatos das caixinhas, como a bela balança plástica alaranjada de medidas precisas também serviam a outros propósitos além das experiências contidas dentro das caixinhas de isopor.
Recordo também de meu espanto ao verificar que uma bola de isopor caia com a mesma velocidade que uma de metal, das experiências com os carrinhos e bexigas da caixa de Newton e das caveirinhas (tóxico) que assustavam nossos pais que preocupados ficavam sempre “de olho” em nossas experiências, geralmente realizadas ao chegar da banca de revistas. Da bússola, dos tubos de ensaio, das placas petri, enfim um mundo de equipamentos que já nos possibilitavam, tão pequenos contato com o mundo da ciência.
As 50 caixas que eram acompanhadas de fascículos quinzenais, ainda traziam a biografia de cientistas, para ao final serem encadernados. Belas histórias ricamente ilustradas em papel coche, que proporcionaram conhecimento sobre a vida e obra de cada um daqueles cientistas. Lavousier, Volta, Eistein, Boyle, Arquimedes tornaram-se nossos amigos. Cada caixinha fazia uma ponte com experiências do cientista em questão. Idéia genial. Ao final tínhamos três volumes históricos e um pequeno e notável laboratório. Também lembro que anos depois, em uma loja de jogos e brinquedos visualizei umas caixas grandes azuis que continham grande parte ou todas as experiências dos Cientistas. Penso que a Abril junto a FUNBEC, resolveram aproveitar de maneira inteligente o conteúdo das poucas caixinhas que retornaram a editora e lançaram os tais laboratórios de maneira diferenciada sem prazo de venda nos comércios direcionados, mas também lembro que dessa forma o custo ficava nas alturas, permitindo acesso apenas a poucos privilegiados.
Mas, voltando a coleção Os Cientistas, a maioria das pessoas que conheço, que foram felizes em possuir tal coleção, já perderam na teia do tempo suas caixinhas ou seus conteúdos. Mas, algumas ainda possuem os fascículos e todas, sem exceção, lamentam não existir mais tal coleção, pois gostariam que seus filhos, sobrinhos (como é meu caso) ou netos, também tivessem oportunidade similar. Nada se iguala àquele momento mágico em que a cada 15 dias chegava uma nova caixinha contendo os sonhos de 50 cientistas que alcançaram as mentes de milhares de crianças e adolescentes e tudo isso graças aos esforços de um cientista que revolucionou as pesquisas de vacinas no Brasil. Obrigado Isaias Raw, realmente foi "a grande aventura da descoberta cientifica".

Para saber mais leia o artigo do Profº Mateus Pereira.

Se você conheceu Os Cientistas ou ainda possui os fascículos entre em contato comigo por aqui fazendo seu comentário, pelo mail cipexbr(arroba)yahoo(ponto)com e não deixe de visitar o blog "Os Cientistas".