sábado, 22 de novembro de 2008

UMA VIAGEM INUSITADA – OS AGROGLÍFOS BRASILEIROS




por Carlos Alberto Machado

Na quarta-feira recebi uma mensagem do amigo e editor da revista UFO Ademar J. Gevaerd, da qual sou consultor e investigador, notificando sobre o aparecimento de um círculo (agrogrífos) do tipo inglês em plantações de trigo do oeste catarinense, mais especificamente em uma pequena cidade agrícola Ipuaçu. Como Santa Catarina fica bem mais próxima do que a Inglaterra fiquei pensando seriamente em visitar aquela cidade e o mais breve possível visto que esses círculos costumam desaparecer rapidamente por conta da presença constante de curiosos que acabam os destruindo ou mesmo pela impaciência dos agricultores que cortam a colheita. Convidei vários amigos para que comigo repartissem as despesas de viagem (distância aproximada de 500 quilômetros), mas infelizmente nenhum deles poderia viajar naquele momento. Decidi viajar sozinho no sábado a tarde descansando em Porto União.

Ipuaçu – o início de uma saga
No domingo pela manhã continuei a viagem até Ipuaçu na esperança de encontrar os dois círculos encontrados por Gevaerd. Na entrada da cidade me informei sobre os locais dos círculos e já no início do trajeto deparei-me com uma pequena placa onde se lia “ET” com uma pequena indicação em seta na direção do círculo. Confesso que achei aquela brincadeira engraçada e possivelmente feita por algum adolescente brincalhão que reside por lá. Quando cheguei no primeiro círculo presenciei vários automóveis encostados ao seu lado, cheio de curiosos que desciam e aproximavam-se do círculo em meio a plantação já cortada. O proprietário tomou o cuidado de colher o trigo apenas ao redor do círculo deixando-o em exposição. Ele ficava imediatamente ao lado de uma estrada vicinal da região que permitia acesso a outras fazendas e ao segundo círculo que viria a conhecer posteriormente. Esse primeiro já estava deteriorado e alguns até afirmavam que o segundo estava melhor conservado mas que seria ainda cerca de 5 quilômetros a frente em direção a uma empresa próxima. Obtive várias fotografias e medi o tal círculo. Deixei as amostras para depois por pretendia visitar ainda hoje o 2º. Cerca de meia hora depois me dirigi ao segundo círculo e até me perdi em sua procura, mas foi apenas aguardar um pouco a vinda de alguns carros e segui-los para encontrá-lo. O segundo também estava em um campo já cortado de trigo, mas realmente mais bem conservado, pois menos pessoas o visitaram desde o domingo em que apareceu. Já tinha uma semana e ainda estava ali sendo visitado e chamando a atenção de quem passava. Esse segundo era mais difícil de ser visualizado daquela estrada, mas era perfeitamente visível de uma estrada paralela, onde também o filmei e fotografei. Enquanto o primeiro estava a cerca de 20 passos da estrada esse ficava um pouco mais distante, cerca de 40 passos. Sua similaridade com o primeiro realmente era de espantar. Ainda era possível visualizar o trigo deitado em sentido (horário), mas infelizmente já pisoteado pelos curiosos. Mesmo assim procedi à colheita do material (trigo e amostras de terra do centro, da periferia e de fora do círculo). Quando fazia a colhia das amostras com a ajuda de um professor local de geografia notei que a amostra de terra do centro do círculo onde encontrei um pequeno buraco encontrava-se mais seca e dura do que na parte externa do mesmo. A terra para plantação geralmente é fofa o que não era o caso dali. Foi inevitável me lembrar dos casos de soja que pesquisei há vários anos próximos à cidade de Maringá no Paraná.
Enquanto realizava a colheita de amostras soube pelo Prof. Rozaldo Ferreira que mais um círculo tinha aparecido em uma cidade vizinha chamada Xanxerê. Como eu pretendia pernoitar por lá resolvi me hospedar naquela cidade e registrar a aparição do novo círculo. Nesse momento já tinha percebido que minha viagem até aquela longa distância havia compensado. Conheceria um novo círculo mais recente do que os anteriores.

Depressão conseqüência de fofoca e afirmações sem fundamento
Segundo os rumores dos moradores locais que conheci no local do círculo, o proprietário da terra em questão não estava feliz com o que vinha ocorrendo em sua terra. Cheguei a vê-lo ao longe quando realizava a coleta das amostras e fazia as mediadas do círculo. Resolvi fazer uma visita e tentar entrevistá-lo. Sua família encontrava-se em roda de chimarrão, comum naquela região e fui gentilmente convidado a participar da rodada, mas não poderia gravar ou fotografar. Em nossa conversa notei que todos estavam decepcionados com o que vinha ocorrendo, pois o que mais os machucava eram afirmações sem fundamento de moradores locais acusando o agricultor ou seus parentes de terem feito o tal círculo propositalmente para tornarem-se conhecidos na região. Conversei atentamente com todos e notei que realmente aquilo os havia chocado e decepcionado a ponto de tomarem a decisão de cortarem o trigo do círculo já no dia seguinte, por conta de todo aquele incomodo. Reclamaram que os pesquisadores que apareceram na região bem como os jornalistas não costumavam pedir permissão para adentrar em suas terras e afirmavam que caso aparecessem futuramente outros círculos desse tipo que cortariam o mais rápido possível antes mesmo que muita gente tomasse conhecimento do fato. No dia seguinte encontrei um parente próximo do proprietário daquela terra que me confirmou tentativa de suicídio por parte dele. Este fato me preocupou profundamente e fico imaginando o que poderia ocorrer no futuro caso os círculos continuem a aparecer e a população se apresse em afirmar absurdos infundados baseado em opiniões egoístas sem se preocupar com as conseqüências de seus atos mesquinhos. Não podemos esquecer que também estamos lidando com seres humanos que sempre estão por trás dos avistamentos como testemunhos principais e junto com eles os acompanham todos os problemas humanos. Ufologia não é brincadeira, é coisa séria.

Xanxerê – verdade ou mentira?
Cheguei a Xanxerê a tempo de conhecer o terceiro círculo daquela região. Apesar da cidade ser maior do que Ipuaçu foi relativamente fácil encontrar a região do círculo pois praticamente todo mundo sabia e conhecia o lugar. Quando cheguei fiquei impressionado com a situação, pois havia uma verdadeira romaria em direção a ele. Não preciso dizer que a essa altura o tal círculo estava mais pra lembrança, quase todo destruído. O mais curioso é que os comentários que ouvia eram sobre “Ah, é isso o tal círculo? Ah, isso foi obra de alguém e por ai afora.” Apesar de tais opiniões também ouvi, “- Não mas no jornal dava pra ver, bem certinho, era perfeito, ninguém poderia tê-lo feito daquela maneira etc.” Depois de medi-lo reparei que existiam outros 4 círculos menores quase encostados no maior que era oval. Escutei vários comentários dizendo em tom de sarcasmo que os menores eram tentativas frustradas de igualarem o maior, mas o que eles não perceberam é que os tais círculos menores aparentavam fazer parte de uma figura maior, uma somatória de círculos. Outra particularidade que me chamou a atenção foram os pequenos buracos que encontrei no centro de todos os círculos. Pensei: se fosse fraude, como os fraudadores sabiam dos buracos centrais e o que eles teriam a ver com as garrafas peti e cabo de vassoura encontrados próximo a eles, visto que essa era a matéria que vinha sendo divulgada na imprensa local. Chegaram a publicar um foto do tal aparelho que facilitaria a criação do tal círculo. Então fica a pergunta: qual a relação das tais perfurações com a feitura dos círculos de Xanxerê? Ademais, começaram a surgir muitas testemunhas de ÓVNIS (bolas de luz) na região e a maioria afirmava que as tinham avistado exatamente sobre aquela região na noite anterior ao aparecimento dos tais círculos. Lamentável que quando cheguei ao círculos de Xanxerê o trigo já estava bastante danificado e amassado ficando difícil saber como estavam no início, quando foram encontrados. De qualquer forma consegui algumas fotos de seu início com um morador local proprietário de uma locadora de DVDs próximo dali. Percebi que quando as pessoas notavam ou descobriam que eu era pesquisador procuravam me auxiliar de alguma forma, principalmente tentando me passar informações que pudessem me ajudar para tentar elucidar aquele mistério que os assolava como as cedidas pelo Sr. Jéferson Miranda. Ficavam interessados quando percebiam que eu havia viajado tanto para conhecer aquele fenômeno que aparecia praticamente na porta da casa deles. Foi dentro do círculo de Xanxerê que encontrei alguns testemunhas dessas luzes e entre elas uma em especial que me auxiliou a medir alguns dos círculos chegou a marcar comigo para o dia seguinte uma entrevista exclusiva onde prestaria seu depoimento sobre seu avistamento.
Visto os acontecimentos achei prudente pernoitar naquela cidade e procurei em seguida um hotel para me hospedar. Enquanto jantava notei que as conversas ao meu redor sempre cediam largo espaço para os círculos que assombravam os moradores daquelas pequenas cidades tão próximas. Resolvi fazer uma pequena observação noturna em frente ao terreno dos círculos de Xanxerê, mas como sou mortal, por volta de 1 hora da manhã cedi ao cansaço e voltei ao hotel para descansar. Na manhã seguinte depois de uma entrevista voltei ao local e encontrei outro círculo no trigo toscamente feito por uma caminhonete que adentrou na madrugada a plantação em questão, possivelmente alguns jovens arruaceiros que pretendiam brincar achando que seria fácil reproduzir o tal círculo. Evidentemente não obtiveram nenhum sucesso em sua empreitada. Foi fácil identificar a entrada do automóvel e as marcas dos pneus. Ficou difícil para mim pelo menos imaginar que aqueles arruaceiros realmente acreditavam que iriam convencer alguém com aquela tosca tentativa infantil de que isso poderia fazer algum efeito.

Os OVNIS mostram sua cara
No dia seguinte fui entrevistar o senhor Ivan Guedes Machado que havia marcado comigo. Ele fiscal federal agropecuário e sua esposa a médica Bernadete Machado especialista em geriatria e muito conhecida na cidade quando em viagem de Chapecó para Xanxerê, foram perseguidos por duas luzes que os deixaram um pouco assustados durante a viagem. O curioso é que avistaram as tais luzes indo em direção a sua cidade e no dia seguinte aparecem os círculos. Através do senhor Ivan tomei conhecimento de que mais um círculo havia aparecido naquela manhã em outra cidade próxima 13 km, chamada Ouro Verde. Para melhor me informar fui ao jornal local onde conheci Ivo Luiz da Rede Princesa que já tinha conhecido Gevaerd há uma semana. Ivo também é ufólogo e sempre interessou-se pelo assunto chegando a entrevistar há pouco tempo Antonio Nelson Tasca, caso pesquisado pelo CIPEX em 1983 na pessoa de Daniel Rebisso Giese. Na época não pude acompanhar o Daniel até Chapecó por problemas financeiros. Chegamos a publicar o caso no meio ufológico em primeira mão o que chamou a atenção do saudoso pesquisador Dr. Valter K. Büller presidente da SBEDV (Sociedade Brasileira de Estudos sobre os Discos Voadores) que também o pesquisou. Tasca, agora falecido, foi autor do livro “Marcado pelo ETS” publicado pela biblioteca UFO da revista de mesmo nome.
Ainda existiam mais duas testemunhas que foram perseguidas pela mesma estrada de Chapecó a Xanxerê, mas não consegui localizá-las para entrevista. Elas haviam confirmado sua observação publicamente para os jornais locais. Uma delas era Ricardo Klava, proprietário da Casa Chave.
Em companhia Ivan Guedes Machado, conheci uma senhora que não quis ceder entrevista gravada, mas que mostrou o local onde havia avistado um tipo de sonda, objeto iluminado que sobrevoou o mesmo local onde apareceu no dia seguinte a marca na plantação de trigo de Xanxerê. Ela morava no terceiro andar de um dos prédios que circulavam a região. Mais tarde passando de automóvel atrás do local dos avistamentos encontrei várias torres de alta tensão. Também vale salientar que a região oeste de Santa Catarina, onde as sondas vinham sendo avistadas está repleta de represas de energia elétrica que como já evidenciamos em casos anteriores de avistamento é a preferência dos OVNIS, sejam eles de onde forem. Ainda pela manhã retornei a pequena cidade de Ipuaçu para tentar conhecer o terceiro círculo que havia surgido na manhã do domingo, mas quando encontrei o local exato descobri que o trigo já havia sido cortado, pois o proprietário não queria visitas indesejadas em suas terras. Terei que me contentar com as belas fotos e colheita feitas pelo ufólogo e jornalista Ivo Luis da Rede Princesa de Xanxerê que me cedeu gentilmente o material na esperança de tentar elucidar aquele novo mistério.

Ouro Verde e seu círculo dourado
Ainda no jornal “Gazeta Diário Regional”, cedi uma entrevista a rádio Chapecó para o repórter que estava interessada em saber mais sobre os círculos. Recebi cópia das fotografias feitas por Ivo e trocamos muita informação sobre os círculos e ufologia. Descobri que mais um círculo havia surgido na manhã do domingo em Ipuaçu, mas eu não o tinha visto por pura falta de informação. Lamentei o fato, pois não sabia quando poderia voltar até aquela cidade. Achei pertinente a maneira como a solidariedade trabalha no interior daquele estado. Ainda naquela tarde iria até Ouro Verde conhecer o mais novo círculo. A cidade ficava próxima a Xanxerê, também de poucos habitantes e predominantemente agrícola. Da rua principal se via o enorme círculo mas ao chegar na vicinal que permitia acesso ao local notei que a estradinha estava barrada por um pequeno trator pertencente ao proprietário da fazenda. Ele estava encostado no trator e afirmava que ninguém poderia passar por ele. Concordei imediatamente e lembrei que vinha de longe especialmente para pesquisar o tal fenômeno. Me preocupava ver que um trator de colheita estava próximo do círculo e não demoraria chegar até ele. Perguntei se podia vê-lo. Ele afirmou que sim, mas que teria que deixar o carro estacionado ali em baixo (cerca de um quilômetro do círculo). Concordei. Quando procurava um local para estacionar que não incomodasse a passagem percebi a aproximação do agricultor que dizia: “- Se você é pesquisador, eu vou deixar entrar” e pediu para entrar em meu carro. Cedi imediatamente, o pequeno trator foi retirado com um aceno dele e pudemos passar pela entrada indo em direção ao círculo. Lá chegando expliquei o meu trabalho, tirei algumas fotografias e iniciei a medição dos círculos externo e interno. Aos poucos fui explicando o que vinha ocorrendo e notei um forte interesse por todos os presentes no interior do círculo. Um grupo de alunos do colégio local aproximava-se do círculo mas só foram permitidos a entrar nele após minhas coletas. Dentro do círculo também se encontrava a diretora do colégio Débora Rebeschini que filmava tudo que vinha ocorrendo, inclusive minha presença e explicações. Também conheci outro professor de geografia que ajudou-me nas medições e aferições com a bússola. Aqui também notei os tais buracos pequenos e chegamos a medir o triângulo que se sucedia. Era difícil não lembrar do caso da soja de Maringá que pesquisei em 1991. Não podia ser coincidência dois fenômenos inusitados, possivelmente relacionados aos OVNIs, tão afastados pelo tempo, serem tão similares em alguns aspectos como: fenômenos em plantações, redondos em sua forma e com três pequenos orifícios em seu interior. O diferencial não estaria na forma, mas em seu conteúdo. Enquanto os círculos de soja não foram amassados, mas sempre estavam diferentes do restante da plantação, maduros quando a plantação encontrava-se verde ou o contrário e nos orifícios encontrava-se algo que interferia em bússolas, provocando pequenas interferências no campo magnético. Nos atuais campos de trigo isso não ocorre (veja final) e o trigo evidentemente está dobrado exatamente como nos círculos ingleses.
Após terminar as coletas do solo e do trigo e de obter mais algumas fotos, soube pelo proprietário que o trigo seria cortado até aquela noite, pois no dia seguinte ele pretendia plantar a soja, próxima safra escolhida e recomendada por agricultores locais. Cheguei a questionar um agricultor que curioso, apareceu dentro do círculo, mas ele afirmou que não se interessava em pesquisar nada sobre isso e muito menos sua empresa que comercializava os grãos.

Duas sondas sonorizadoras
Agradeci a permissão de poder conhecer e coletar o material do círculo de Ouro Verde e me despedindo de todos voltei a Xanxerê. Voltei ao jornal para fazer uma entrevista com Ivo e outra cedida por mim aquele jornal. Quando me despedia dos novos amigos ainda no jornal, por telefone através do Sr. Ariovaldino Souza, também conhecido como despachante Pelé descobri que uma menina de 10 anos havia filmado sábado a noite um OVNI (um tipo de sonda) em cima de sua casa na cidade de Jupiá a aproximadamente 80 km de Xanxerê e com cerca de 2.300 habitantes. Como era um pequeno desvio em direção a Pato Branco resolvi visitá-la ainda naquele dia, mas antes pretendia entrevistar duas jovens e sua mãe que haviam presenciado dois ÓVNIS a cerca de 10 metros de distância. Localizei a residência delas e as entrevistei. Eram Adana Sevegnani, Menilda Sevegnani e a mãe delas Dna. Gentilha Sevegnani. Após a entrevista filmada conheci o restante da família e foi então que descobri que o pai delas também havia presenciado as tais sondas. A irmã mais nova do trio não foi acordada e, portanto não pode testemunhar o fenômeno, que segundo elas tinha sido maravilhoso e queriam que se repetisse. A mãe Dna. Gentilha até então cética do tipo São Tomé, agora em suas palavras, não tinha dúvidas da existência de “alienígenas e naves espaciais”. Segundo seus depoimentos os dois pequenos objetos avistados faziam ruído de nave, tipo um zumbido e realizaram pequenas manobras presenciadas o tempo todo pelas 4 testemunhas. As duas bolas de cor branca fria “adivinhavam antecipadamente” o caminho da casa das testemunhas. Segundo elas o som intermitente continuou mesmo após elas terem entrado em casa e uma delas afirmou ouvi-lo até altas horas da madrugada. As sondas ficaram um bom tempo sobrevoando um trigal próximo a Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC) onde na manhã seguinte surgiram o círculo oval e os 4 menores de Xanxerê. O depoimento das 4 testemunhas somados ao depoimento de outras pessoas que ainda não tinham avistado os círculos poderiam corroborar com a veracidade do círculo de Xanxerê. Ignorar tais depoimentos seria o mesmo que ocultar evidências de um tribunal ou julgamento público.

Sonda filmada por menina de 10 anos
Consegui chegar a cidade de Jupiá antes de escurecer e portanto de conhecer e verificar o local exato onde Milena Destri havia filmado uma sonda que sobrevoou sua residência. O filme já estava copiado por Ivo em um CD em minha bolsa. Entrevistei rapidamente a menina que me descreveu os detalhes de sua aventura. Enquanto filmava procurou esconder-se atrás de duas pequenas árvores por conta do medo que tomou conta dela, mas isso não a impediu de filmar a tal sonda que ora aproximava-se, ora afastava-se dela. Notei em seu depoimento total veracidade mediante os fatos apresentados e firmados por seus pais. Também fui apresentado rapidamente a uma senhora, mãe de um comerciário local, o Pelé, que também havia testemunhado o tal objeto no mesmo dia e horário em que Milena havia filmado a sonda. Alguma coisa vinha acontecendo naquela região e eu só lamentava o fato de ter que voltar a minhas atividades em Curitiba. Evidentemente algum tipo de onda ufológica vinha ocorrendo por aqui e seria interessante a presença de um ufólogo naquela região. Teria que depositar essa esperança nas mãos do competente Ivo, que procurava registrar tudo que podia em seu limitado tempo de trabalho, pois sua atividade principal naquele jornal não se tratava de noticiários do dia a dia e sim de notícias esportivas, sua especialidade profissional.

Mais um caso ufológico na memória da ufologia nacional
No retorno a Curitiba ainda tive alguns problemas com meu automóvel o que me obrigou a pernoitar em uma pequena cidade na estrada próximo 13 km de Pato Branco, cidade que ficou famosa em todo o Brasil por conta de uma personagem cômica da série semanal “Toma lá da cá” escrita e estrelada por Miguel Falabella.
No dia seguinte com minha passagem pela cidade de General Carneiro lembrei de um caso ocorrido naquela localidade a cerca de 8 anos quando o amigo Julio César Goudart havia me enviado pela internet. Como eu não lembrava mais dos detalhes fui atrás de algum repórter de jornal local para me inteirar dos fatos. O repórter Luiz marcondes rapidamente levantou a informação e me encaminhou até onde morava o Sr. Ernesto Maciel, testemunha de um OVNI tipo disco voador que comparou ao tamanho de duas parabólicas do tipo médio que havia descido em sal chácara assustando seus cavalos. Nele avistou duas criaturas vestidas de branco, mas não conseguiu visualizar seus rostos. O objeto rapidamente alçou vôo e sumiu na imensidão do espaço noturno. Em União da Vitória, pesquisando no jornal “O Comércio” onde fui recebido amavelmente pelo repórter Eduardo Carpinki e seu editor chefe, encontrei a manchete e a data do caso, com algumas fotos da época onde o Sr. Ernesto mostrava com as mãos o local exato de seus avistamento e do pouso do objeto.

Testes realizados até o momento
Em todos os círculos pesquisados testei a presença de interferência magnética e elétrica usando uma bússola e um magnetômetro eletrosensor que mede em mini-gaus, mas nada foi constatado.

Medidas do 2º círculo de Ipuaçu (afastado 5 km da cidade) (surgiu na segunda-feira 10de novembro) medidas realizadas depois de uma semana.
Lembrando que cada círculo na verdade compoe-se de dois círculos um interno e outro mais externo:
10m20cm (L) x 9m08cm (S) x 9m09cm (N) x 9m07cm (O)
Aprox 18 metros - raio de 9 metros interno 2m60cm total: 20m60cm
trigo dobrado no sentido horário

Medidas do círculo (oval) maior de Xanxerê (domingo 16 de novembro) que compõe 5 círculos sendo um maior e quatro menores. Os 4 menores estão em duplas separados de outra dupla por 13 metros
Maior: 5m30cm(S) x 7m(L) x 6m(N) x 7m(O)
externo (aprox.): 70cm x 70cm = 1m40cm total: 15m40cm x 13m40cm
1º menor 3m,61cm
2º menor 5m90cm
3º menor 5m10cm
4º menor 4m

Medidas do círculo de Ouro Verde (segunda feira 17 de novembro)
10m03cm x 09m07cm leste/norte
10m,10cm x 10m05cm aprox: 20 metros (lembrando que foi usado trena para medição)
círculo externo: 1,40 total: 21m,40cm
medidas das três perfurações encontradas nesse círculo em forma de triângulo: 9 cm de profundidade 10 cm de extenção
distância entre os três: 2m,40cm x 2m 40cm x 2m 10 cm

E os círculos ou agrogrífos continuam a aparecer no interior de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e agora também na Argentina.

Para saber mais leia a revista UFO ou o portal Fenomenum