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domingo, 14 de setembro de 2014

Três Humanos no Planeta dos Macacos, ou Três Macacos no Planeta dos Humanos? O Retorno ao Planeta dos Macacos


A II GIBICON foi especial para mim por dois motivos, primeiro por lançar meus dois roteiros "Beowulf & e Grendel na lei Seca" no Clássicos Revisitados volume 2 e "Chupa Cabras" no Bocas Malditas, publicados pela Dogzila, comandada por dois amigos especiais (um antigo e um novo, ambos aventureiros como eu) Antonio Eder Semião e Walkir Fernandes. Evidenciar em quadrinhos letras que você escreveu é uma sensação indescritível. Só quem passa por isso compreende-a adequadamente. As HQs ficaram um luxo e dignas da qualidade de qualquer quadrinho estrangeiro. O trabalho da Dogzila vem apontando profissionais brasileiros de grosso calibre e participar deste seleto grupo, para mim é uma honra e um privilégio. É o resultado de um caminho que tomei anos atrás quando decidi ingressar na ficção científica e no fantástico. Primeiro como pesquisador do insólito e depois como escritor. Minha companheira Eliana Gonçalves é a principal responsável por ter “visto” esse potencial em minha pessoa em 1997. Após longa pesquisa que tomou um ano inteiro e cheio de relatórios que se encontravam em um disquete na época, respondendo minha pergunta sobre o que fazer com todo aquele material escrito. Publique-o, ela disse. De lá pra cá, portas se abriram, pois somado a feliz ideia de fundar a Confraria de Escritores de Ficção Científica com um seleto grupo de amigos que também tinham interesse em ingressar nessa carreira. Nenhum de nós tinha intenção de sobreviver dela, mas sim de tratá-la como um hobby, um passatempo de valor onde algumas pérolas poderiam ser produzidas e lapidadas após ensinamentos de nosso mestre e amigo convidado o escritor André Carneiro.
O segundo motivo que me emocionou e foi um verdadeiro presente dado a mim e que jamais esquecerei enquanto viver foi o fato de ser convidado para mediar a mesa sobre Planeta dos Macacos. De todos os filmes de ficção científica que acompanhei em minha vida desde a década de 60, esse foi o mais especial de todos e olha que assisti praticamente tudo sobre o gênero ficção científica exibido em nosso país. Esse gênero sempre me atraiu em demasia, a ponto de me influenciar na escolha do assunto a ser pesquisado academicamente em meu mestrado defendido em 2000 na UFPR, intitulado: “Contribuições da Ficção Científica para o Conhecimento e a Aprendizagem”. Esse ano em especial marcado pela sociedade ocidental em vários períodos anteriores como o ano do “futuro” ou, das conquistas ficcionais, tornou-se especial em minha vida, pois foi quando ingressei no portal para o mundo literário, no qual me encontro felizmente mergulhado.
Quando recebi o convite para mediar a mesa com Carlos Magno, que já conheci há alguns anos e Saulo Adami, que tive o prazer de conhecer em (novamente) 2000, fiquei extasiado. Tenho uma foto dele vestido de Cornélius autografada, que adquiri naquela época e guardo em minha coleção com muito carinho. A princípio me preocupei, pois a mesa estava marcada pela organização do evento para uma sexta-feira, dia em que trabalho pela manhã e noite em minha universidade que fica em Guarapuava e o evento seria em Curitiba, minha cidade natal, onde procuro estar presente a cada 15 dias. Visto a emoção que me ocasionou tal convite, não me fiz de rogado e aceitei imediatamente, mesmo que tivesse que mover céus e terras para estar lá naquele dia particularmente especial. De tão empolgado por saber da ocasião, tive a feliz ideia de realizar um clip de tudo, ou quase tudo, que existia sobre a série cinematográfica, televisiva e de quadrinhos sobre O Planeta dos Macacos, para atualizar os possíveis ouvintes pertencentes a várias gerações que por ventura desconhecessem alguma dessas produções e que estariam presentes no dia. Também seria minha forma de contribuir com a seleta mesa da qual fui gentilmente agraciado.
Finalmente, chega o dia da apresentação e ali estavam as duas celebridades de gerações diferentes envolvidas até o pescoço com a série, mas que ainda não se conheciam. Carlos Magno, um exímio desenhista que trabalha para grandes majors americanas, reconhecido internacionalmente por seu belo trabalho com Batman, Super-Homem, Hulk, Transformers, Robocop e da atual e inédita (no Brasil) série fechada de 16 números “Planeta dos Macacos”. Do outro lado da mesa Saulo Adami, jornalista catarinense, natural de Brusque, fã número um da série símia, escritor de peças teatrais, colunas e livros, publicou o memorável livro “O Único Humano bom é Aquele que Está Morto”, referência a célebre frase dita pelo personagem Urco, gorila general que não suportava humanos, mas adorava caçá-los. Por conta de seu trabalho também ficou conhecido internacionalmente. Enquanto rolava o clip o qual editara, percebi em cima da mesa uma pequena quantia de livros que eu não conhecia e para minha surpresa, escritos pelo Saulo. Imaginei que ele os venderia ao final de sua fala e mais do que rapidamente separei um para mim fazendo sinal para ele que o livro me interessava. Ele concordou com a cabeça. Terminei deliciosamente de lê-lo em poucas horas.


Na fala de todos, inclusive na minha, foi possível perceber que Planeta dos Macacos estava enraizado profundamente de alguma forma em nossas vidas. Em mim, pelo saudosismo dos cartazes de cinema que não pude assistir por conta da censura da época e que somente fui agraciado com a pérola simiesca na estreia de “Fuga do Planeta dos Macacos”, o terceiro filme para cinema, que se não me falha a memória, foi assistido no cine Avenida que pertencia ao Palácio Avenida em plena mosca da cidade de Curitiba, local, aliás, onde residi até meus treze anos de idade. Para espanto da plateia, Saulo narrou em detalhes sua aventura apaixonada pela série e seu envolvimento pessoal com o elenco após a editoração de seu livro que na época lhe custou seu carro, única forma de condução que possuía. Era possível perceber que seu sacrifício não foi em vão, pois o presente que recebeu lhe rendeu além de uma aventura fantástica, seu novo livro publicado em português e inglês: “Diários de Hollywood: um brasileiro no Planeta dos Macacos”.
Quando Carlos Magno esmiuçou sua aventura simiesca, foi tão envolvente quanto o primeiro e saudoso depoimento. Sua paixão pela série e por sua produção ainda exclusiva em nosso país, encheu os olhos da plateia e os deixou repletos de curiosidade e vontade de acompanhar as novas HQs. Também foi uma feliz surpresa saber que essa nova história que se passa cronologicamente 1400 anos antes da famosa série do cinema, pode futuramente, se transformar em uma nova série cinematográfica a ser exibida nos cinemas mundiais. No traço artístico que Carlos nos mostrou ficou evidenciado o porquê dele ser premiado pela obra e também serviu para evidenciar que o sonho do francês Pierre Boulle, jamais será esquecido. Ao final, Carlos confessou que presentearia Saulo com os 16 fascículos da coleção simiesca em inglês, para que sua modesta coleção de mais de 1500 itens da série, ficasse ainda mais rica e próspera, o que aconteceu no dia seguinte. Fiquei extremamente satisfeito com a realização da mesa e notei que o público presente ficou extasiado com tudo que foi apresentado ali. Sem dúvida, sou suspeito, mas acredito que foi uma das melhores mesas do evento. Como se não bastasse, convidei ambos para repetirmos em 2015 a mesma mesa no “VI FCírculo, a Ficção Científica em Debate”, evento que costumo organizar com o pessoal do curso de Comunicação da Unicentro em Guarapuava. Portanto, guarapuavanos preparem-se, pois aventura ainda continua... Antonio EderWalkir FernandesSaulo AdamiGibicon CuritibaDogzilla StudioFabrizio Andriani,
— com Carlos Magno.

domingo, 2 de setembro de 2012

Sétima temporada de Doctor Who - o que você esta esperando?


Começou a tão cobiçada sétima temporada de Doctor Who, série inglesa de tirar o chapéu. Você ainda não a conhece? o que esta esperando. Aqui tem tudo legendado:
http://universowho.org/serie-atual/7a-temporada/#comment-17806

veja aqui o trailer da sétima temporada: http://www.youtube.com/watch?v=qrEUBl2pacU


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

“The People” – I remember the home (Eu me lembro de casa)

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"Eu me lembro de casa" - frase marcante da história
Interessante. É o mínimo que posso pensar em relação ao que vou contar agora pra quem entrar aqui. Há muitos anos, mais especificamente nos idos de 1970 assisti um filme de ficção científica (daqueles da sessão da tarde) que me marcou, possivelmente exibido na Rede Globo, mas não conseguia lembrar do nome. Visto que sempre apreciei em demasia livros e filmes de ficção científica, acabei adquirindo inúmeras enciclopédias importadas sobre o gênero, mas nada encontrei sobre ele. Com o advento da internet, procurei informações sobre o filme mas sempre em vão, nem o nome me lembrava. Certo dia resolvi questionar outros cinéfilos da área em uma comunidade do Orkut da qual participo que tem relação com filmes antigos. Para minha surpresa, alguém lembrou do filme me indicando seu nome “The People” e até me enviou alguns links do youtube com pequenos trechos dele. Surpresa dupla ao descobrir que um dos protagonistas do filme era William Shatner, o conhecido capitão Kirk da série televisiva Jornada nas Estrelas que tanto admiro. 
William Shatner
Se você não se importar com spoiler o filme The People narra a história de uma professora (Kim Darby), que veio da cidade grande para o interior dos EUA para lecionar a um grupo de crianças de uma pequena aldeia, filhos de fazendeiros. O povo que lá vive, lembra muito os Amish, que abandonaram a tecnologia para viver do trabalho simples do campo. O problema maior da professora foi evidenciar que as tímidas crianças, agora seus alunos, não brincavam, não corriam e evitavam cantar. Mesmo para crianças do interior aquilo era no mínimo bizarro. Pra aumentar o mistério, todas arrastavam seus pés ao caminhar, fazendo pequenas nuvens de poeira ao caminhar pelos arredores. Com o tempo, naturalmente ela veio descobrir toda a verdade sobre aquele misterioso povoado. Não eram humanos e sim alienígenas que perderam seu planeta por conta da explosão de sua estrela (como acontecerá conosco daqui a cinco bilhões de anos) e sem muita alternativa sua nave veio parar no planeta Terra. No início, estavam expostos mas por conta de sua natureza alien dominavam poderes paranormais e assim, entre outras coisas, podiam flutuar livremente. Incompreendidos e naturalmente invejados pela população local onde viviam, acabaram sendo torturados e mortos (queima às bruxas). Os poucos sobreviventes que conseguiram fugir criaram aquela pequena comunidade, coibindo seus poderes de forma rígida para conseguirem sobreviver sem ficarem demasiadamente expostos. Da mesma forma, exigiam que as crianças que surgiam na comunidade, arrastassem seus pés para não saírem voando por ai. As normas também exigiam que não poderiam brincar ou correr, o que explicava os “mórbidos recreios”. Ao final do filme, a professora e o médico vivenciado por Willian Shatner, mesmo sabendo de sua origem alienígena, resolvem ficar por ali e viver em harmonia com os habitantes da pequena aldeia, agora mais segura com relação a sua natureza diferenciada.  (fim do spoiler)
Capa do livro Pilgrimage de Zenna Henderson
Depois de assistir novamente ao filme, voltei a internet para outra pequena pesquisa sobre a origem da história. Descobri que inicialmente a história fora um romance publicado, um livro denominado “Pilgrimage”, escrito em 1961 por Zenna Henderson, que nasceu em 1917 e faleceu aos 66 anos de câncer em 1983. Nessa procura, encontrei um blog americano que narra aspectos particulares da vida da escritora e que valem a pena serem mencionados aqui. 
 Zenna Henderson

A profissão da escritora de romances de ficção científica era a de professora e por muitos anos foi adepta da religião mórmon. Ora, muitos grupos mórmons americanos vivem afastados da tecnologia e seu sustento é a base do que criam e plantam. Essa influência é denotada pelo que consta nos depoimentos dele e de seus leitores em outros dois livros que ela escreveu, onde sempre uma professora e seus alunos são os protagonistas de suas fantásticas histórias de ficção científica. 
 Túmulo da escritora
Possivelmente ela como escritora e professora, acabava analisando o comportamento das pessoas a seu redor (seus alunos e o povo mórmon), que lhe serviram de inspiração para seus personagens misteriosos que viriam a enriquecer suas obras literárias fantásticas. Limitava-se ao que conhecia e como a maioria de seus leitores possivelmente provinham de grandes cidades, encontrariam naquela estranheza um ambiente bem alien. Imagino que com a chegada de 1972 deve ter ficado imensamente satisfeita e feliz por saber que seu mais famoso livro tornou-se um filme para televisão e estrelado por Willian Shatner. Pena que não fez tanto sucesso como seus livros o fizeram nos EUA. Mas, de uma coisa tenho certeza. Seus livros, como o filme, marcaram na época, a vida de crianças e jovens (como eu), que viriam a apreciar o fantástico e o maravilhoso.  Pra você ter uma ideia escrevi e publiquei um conto denominado "A Aldeia Silenciosa" que foi totalmente inspirado nesse filme. Um professor que se inspirou em um conto escrito por uma professora, quem escreveu sobre outra professora. Interessante... 
Se você ficou curioso e não se importa de assistir filmes antigos (qualidade VHS), acompanhe o filme na íntegra pelo Youtube sem legendas aqui:
Filme "The People" no Youtube com 70 minutos

Se você se interessou em realizar uma tradução para legenda-lo entre em contato comigo através do facebook.

Como usar a Ficção Científica na Educação


Entrevista que realizada com a editora-executiva Wanda Jorge para a revista Ciência e Cultura da UNICAMP em 2006 sobre Ficção Científica na Educação. Boa leitura.

1 - O Parque dos Dinossauros, obra comercial de grande sucesso de público, tratou do tema da clonagem possível pouco anos antes dessa questão tomar conta do forte debate que passou a existir na sociedade, com proposições que hoje a genética já considera a um passo da possibilidade concreta. Certamente, o filme motivou carreiras na biologia, na genética, etc. Sua pesquisa caminhou no sentido de dar alguma resposta sobre isso?
De certa forma o exercício da exploração de potenciais futuros é uma dos principais objetivos disciplinares da FC na educação. Vivemos em uma sociedade atribulada com mudanças sociais rápidas, as quais nos forçam a olhar para o futuro. Essa busca futurística deve ser uma função básica e contínua no campo da educação. Se levarmos em conta o princípio de que os educandos devem estar preparados para um mundo em que uma iminente diversidade embrionária de novos estilos de vida, valores e sistemas sociais concorrerão para coexistir, então, a educação deve necessariamente expandir seu domínio disciplinar para o campo da projeção futurística também, a fim de poder abarcar o exame do que é possível no potencial do desenvolvimento humano. Em minha pesquisa sempre encontro pessoas que afirmam terem sido influenciadas de maneira positiva para seguir uma carreira ou ideal.

2-Como a ficção científica ajuda a fixar conteúdos para o público infanto-juvenil?
Inicialmente porque na contemporaneidade esse gênero de filme é o mais procurado pelos adolescentes e pela população em geral. Basta checarmos as pesquisas de mercado. Essa busca é conseqüência, por um lado, da avançada tecnologia que Hollywood vem utilizando cada vez mais em seus produtos cinematográficos e televisivos e, por outro, da forte atração que narrativas sobre o futuro exercem, principalmente, sobre os jovens. São os filmes de ficção científica que costumam ter mais sucesso na bilheteria ou uma audiência maior e são também os mais comentados pela mídia, devido, em grande parte, aos efeitos especiais, cada vez mais sofisticados e atraentes.
Do ponto de vista didático, é o único gênero que contém todos os outros: comédia (O Guia do Mochileiro da Galáxia, SOS: tem um Louco Solto no Espaço, Marte Ataca), drama (O Segredo do Abismo, A Esfera, Matrix, Gattaca: A Experiência Genética, Guerra dos Mundos, A Invasão), romance (Jornada nas Estrelas IV, a Volta para Casa e Jornada nas Estrelas Insurreição, Starman), policial (Blade Runner: o Caçador de Andróides, Outland: Comando Titânico, Predador II), terror (Alien, A Experiência, Alien X Predador), aventura (O Buraco Negro, Tron, Contatos Imediatos de III Grau) e arte (Solaris, Stalker, 2001 Uma Odisséia no Espaço, Alphaville). Outra razão para se privilegiar a exibição desses filmes na escola é a praticidade para encontrá-los no mercado brasileiro. Todos os filmes para cinema aqui citados já foram lançados em VHS ou DVD. As séries estão sendo lançadas aos poucos, mas isso não impede o professor interessado de recorrer a ajuda de colecionadores, cinéfilos e fãs de ficção científica como os trekker (fãs do seriado Jornada nas Estrelas), por exemplo, que procuram ter esse material na versão original, importado.

3- Quais as obras estudadas?
Praticamente todas as obras literárias de ficção científica bem como uma variedade enorme de filmes do gênero podem ser utilizados para reforço como instrumento pedagógico, mas, para facilitar o manuseio recomenda-se que o professor inicie sua leitura pelas obras literárias e fílmicas citadas nessa entrevista.
Em Hamlet no Holodeck: o futuro da narrativa no ciberespaço (2003), de Janet H. Murray, editado no Brasil pela Editora Unesp e Itaú Cultural, por exemplo, a autora discute as narrativas atuais comparando-as com as séries televisivas de Star Trek (Jornada nas Estrelas Nova Geração e Voyager), onde o Holodeck costuma aparecer com bastante freqüência. O Holodeck é um dispositivo que transforma matéria em imagem tridimencional, permitindo aos protagonistas interagirem em mundos holográficos imaginados. Seria como um jogo virtual, mas mais realista.
Também recomendamos as obras Ciência e Quadrinhos (2005) de Gian Danton, lançado pela Marca de Fantasia e A Ciência dos Super-Heróis de Lois Gresh e Robert Weinberg, lançado pela Ediouro. Ambos discutem a veracidade e a possibilidade científica dos poderes encontrados nos super-heróis das HQs, onde a ficção científica tem destaque.


4- Como foi realizada a pesquisa em termos de percepção desse público?
Em meu mestrado finalizado em 2000 pela Universidade Federal do Paraná, encontrei um grande número de professores de várias áreas do conhecimento que estão utilizando em suas disciplinas filmes de ficção científica para despertar interesse específico em suas disciplinas, pois, perceberam que seus alunos (adolescentes) tem predileção por esse gênero quando se dirigem a cinemas ou quando trocam informações com seus colegas de sala.
A estética da arte e os cursos de comunicação já analisam os filmes cinematográficos e televisivos desde sua criação em meados de 1920. Entre muitos exemplos podemos citar Metrópolis de Fritz Lang, Skanner: sua mente pode destruir e Vídeo Drome, ambos de David Cronemberger. Discussões políticas podem ser realizadas com Dr. Fantástico, O Dia em que a Terra Parou e Star Trek (Jornada nas Estrelas), neste último analisando a Federação dos Planetas Unidos, órgão federativo que tenta promover a paz na Galáxia. Cabe às diferentes áreas do conhecimento também descobrirem a importância desses filmes como recurso pedagógico. Recentemente encontrei um artigo sobre a palestra “A ficção científica a serviço da educação”, realizada pelo biólogo Nelson Marques, da UFRN, que pensa de forma similar. Também conheço vários professores acadêmicos dos cursos de Comunicação e Letras da região sudeste, que assim o pensam.

5- Qual o universo (de público) trabalhado?
Na pesquisa, trabalhei especificamente com professores das mais variadas disciplinas escolhidas aleatoriamente, mas principalmente por seu interesse no gênero. Encontrei-os em eventos de ficção científica, realizados em São Paulo. Também participaram professores do Paraná e especialmente uma professora de literatura brasileira na Florida (EUA) Mary Elizabeth Ginway, ou Libby, professora adjunta da Universidade da Flórida em Gainesville, EUA, que recentemente lançou o livro Ficção Científica brasileira – mitos, culturas e nacionalidade no país do futuro, lançado no Brasil pela Editora Devir em 2005, descrevendo a literatura de ficção científica brasileira no período de 1960 a 2000, seu principal instrumento de trabalho lá nos Estados Unidos. Achei peculiar uma professora de literatura brasileira nos Estados Unidos da América, utilizando exclusivamente literatura de ficção científica brasileira.
A primazia e a riqueza de conteúdo chegou a tal ponto que, até cursos universitários vêm utilizando a ficção científica em suas disciplinas, direta ou indiretamente, como evidenciado em minha dissertação de mestrado. Menosprezar um gênero que já trabalhou uma versão espacial Shakespeareana como O Planeta Proibido, é menosprezar o conhecimento.
O interesse acadêmico pelo assunto já vem de países como a Inglaterra onde na 
Universidade de Glamorgan: http://www.glam.ac.uk/coursedetails/685/207 
existe curso de graduação em Ficção Científica. No mesmo país também encontramos um 
curso de mestrado (scrito senso) em Ficção Científica, para o pesquisador que pretende 
aprofundar o assunto. 
Encontramos várias universidades espalhadas pela Inglaterra e Estados Unidos que estudam 
a Ficção Científica, principalmente literária academicamente:
Em Liverpool (Inglaterra): http://www.liv.ac.uk/~asawyer/ma.html
A British Science Fiction Association: http://www.bsfa.co.uk/
SF Foundation: http://www.sf-foundation.com/
 
Nos EUA, a Universidade do Kansas: http://www.ku.edu/~sfcenter/
Columbia: http://www.columbia.edu/cu/cusfs/
Massachussets: http://www.umass.edu/rso/scifi/
Washington: http://www.wsu.edu/~brians/science_fiction/sfresearch.html



6- Que conteúdos foram testados em termos de absorção desse público?

Sempre que falamos em trabalhar ficção científica em sala de aula logo vem a imagem de seu uso na disciplina de física e naturalmente ela teria um número muito maior de alternativas de uso em relação a seus conteúdos. Lamentavelmente alguns professores a utilizam apenas como exemplos negativos e deixam de lado bons exemplos. As séries de Star Trek (Jornada nas Estrelas) são o melhor exemplo de vários conceitos corretos da física, da holografia, da astronomia e da cosmologia. Certamente alguns não procedem, como sons no espaço, teletransporte de matéria, viagens no tempo, mas que, ainda assim, podem ser discutidos pelo docente.
Um bom livro para professores de física que se interessem em utilizar a ficção científica em suas salas de aula é: A Física de Jornada nas Estrelas (1996), de Lawrence M. Krauss, editado no Brasil pela Makron Books. Ele discute todos os conceitos encontrados nos filmes e nas séries televisivas de Star Trek.
Ainda dentro dos exemplos de física, podemos citar alguns filmes feitos para o cinema: A.I. Inteligência Artificial, 2001: Uma Odisséia no Espaço e 2010: O Ano em que faremos Contato, Apollo 13, Contato, O Planeta Vermelho, Missão Marte etc.
Mas não é apenas a física que pode enriquecer-se com esse gênero cinematográfico e televisivo. A filosofia também encontra seus conceitos por aqui. Já existem várias obras especializadas que o demonstram. Os livros: A Metafísica de Star Wars (1998), de Richard Hanley, da editora Makron Books, Matrix: bem- vindo ao deserto do real (2003) de William Irwin da editora Madras, A Pílula Vermelha: Questões de Ciência, Filosofia e Religião em Matrix (2003) de Glenn Yeffeth editado pela Publifolha, e o mais recente Scifi=scifilo: a filosofia explicada pelos filmes de ficção científica (2005) de Mark Rowlands, da editora Relume Dumará, são alguns belos exemplos do que explanamos. Conceitos que vão além da Caverna de Platão, como a morte, a vida, realidade, ética, identidade, livre-arbítrio, moralidade, metafísica, onisciência, determinismo, entre outros. Mas os professores de filosofia descobriram uma outra ótima saída para despertar a curiosidade dos adolescentes, também seus alunos. O mercado editorial brasileiro, através da editora Madras, recheou as prateleiras com livros versando sobre filosofia e séries de televisão: A filosofia de Bufy, A filosofia de Harry Potter, A filosofia de Senfield, a filosofia de Sipsons, e a filosofia de Star Wars, são alguns que foram lançados até o momento.
Entre os filmes que trazem questões filosóficas bastante instigantes destacamos: Matrix, Gattaca: A Experiência Genética, O Exterminador do Futuro 1 e 2, Minority Report: A Nova Lei, Independance Day, Alien, Blade Runner, o Caçador de Andróides, Star Wars, O Sexto Dia, O Homem sem Sombra, Frankenstein, entre muitos outros.
Professores de Biologia vêm trabalhando com filmes de ficção científica há algum tempo, pois eles trazem conceitos e questões relacionadas a essa área que podem ser analisados e discutidos em classe. Alguns exemplos são: Viajem Fantástica, Gattaca: A Experiência Genética, A Corrida Silenciosa (o preferido dos professores da área), Waterworld: o Segredo das Águas, Aquaria, O dia Depois de Amanhã, O Dia Seguinte, Missão Marte, O Planeta Vermelho, O Segredo do Abismo, Jornada nas Estrelas IV - A volta para casa, Duna e a abertura fantástica de X-Man: o filme, bem como seu conteúdo, para discutir mutação. Vida, genética, bio-ética, demografia, sobrevivência, ecologia, biodiversidade entre outros, são apenas alguns exemplos do que pode ser debatido em sala de aula a partir da visualização desses filmes. Livros que podem dar suporte a essa relação biologia/cinema/televisão são A Ciência de Star Wars (1999) de Jeanne Cavelos, lançado no Brasil pela editora Market Books e A Verdadeira Ciência por trás do Arquivo X (2000) de Anne Simon, laçado pela editora Unicórnio Azul.
A Psicologia, consciência e inconsciência, o eu, ego e outros tantos conceitos-chave das teorias freudiana, jungiana e lacaniana também podem ser identificados no conteúdo de filmes como Esfera, Solaris (de Andrei Tarkovski), Gattaca: A Experiência Genética, Matrix, Enigma do Horizonte, Q-Pax, O Vingador do Futuro, Laranja Mecânica e O Segredo do Abismo. Um exemplo mais recente é o filme O Diário do Mochileiro das Galáxias, onde pode ser encontrado um robô maníaco-depressivo, portas que gemem ao serem abertas ou fechadas, um rei da galáxia que tem um ego enorme, uma arma que ao ser apontada para alguém o induz a dizer a verdade (mesmo oculta). A burocracia e o tédio são notavelmente escrachados denotando uma realidade pós-moderna bem ao estilo Monty Python.
Uma alternativa, que muitos professores utilizam é trabalhar vários conceitos dentro de um mesmo filme. Para isso ele deve estar atento para encontrá-los. O professor acostumado a trabalhar com suas disciplinas acaba se habituando a localizá-los nos filmes longa-metragem que costuma assistir. Outra forma, menos trabalhosa, seria usar seriados de televisão (e a ficção científica está cheia deles), como as séries de Jornada nas Estrelas (Clássica, Nova Geração, Deep Space Nine, Voyager e Enterprise), StarGate (SG1 e Atlantis), Babilon 5, FireScape, Sliders, Além da Imaginação e Quinta Dimensão, entre outros. Seus episódios, com 40 ou 50 minutos cada, sempre trazem conceitos científicos que podem ser trabalhados pelos professores de várias disciplinas em sala de aula.
Professores de História sempre utilizaram filmes de época ou filmes de guerra, para discutir seus conteúdos (com primazia e didatismo). O mesmo vale para os professores de Geografia que têm no cinema um rico instrumento didático. Conhecer o mundo através da tela em nossos dias é mais fácil do que viajar e conhecê-lo pessoalmente.
Professores de inglês aproveitam a língua inglesa encontrada nos filmes atuais, simplesmente desligando o recurso de legenda, no caso dos DVDs, ou ocultando a parte inferior da televisão, no caso das fitas de vídeo, para trabalhar a pronúncia correta.
Atualmente, em meu doutorado aqui na PUC-Rio, dentro de minha pesquisa, venho estudando maneiras de se aplicar conceitos sobre o meio ambiente usando a ficção científica. Na última bienal ocorrida aqui no Rio de Janeiro, conheci o engenheiro elétrico Emilio Hoffmann Gomes Neto, que escreveu o livro Hidrogênio: evoluir sem poluir, onde evidenciei inúmeros conceitos que podem ser trabalhados em sala de aula. Dentre eles destaco: poluição, energias renováveis, desenvolvimento sustentável, etc. Já na introdução do livro, acompanhamos um conto de ficção científica abordando como pode ser o futuro de nosso país, com o uso do hidrogênio em nossas vidas.

7- Qual o nível de veracidade dos textos (literários ou filmes?) em relação ao conhecimento científico efetivo?
Na realidade o que se busca aqui não é a veracidade dos textos, mas, sua interatividade com a realidade do aluno. Naturalmente o professor de física, química ou biologia, se preocupará em demonstrar a seus alunos o que é ou não verossímil de acordo com os conhecimentos atuais da ciência. Já professores de sociologia e filosofia, poderão trabalhar conceitos sociais ou filosóficos preocupando-se com reflexões, distanciando-se da veracidade tecno-científica.
Albert Einstein costumava dizer que a imaginação é mais importante do que o conhecimento. Ela estimula a criatividade e, por conseguinte, auxilia na solução de problemas. Ora, a imaginação que utilizamos na criação de invenções, nas novas descobertas, na pesquisa científica e na solução de problemas é a mesma que nos permite escrever contos, criar roteiros, imaginar futuros que estão por vir. Alguns autores de ficção científica chegam a imaginar nossa história de forma diferente e para isso é necessário um exercício soberbo. Mundos alternativos onde verificamos como o mundo poderia ter sido se…Hitler não tivesse perdido a guerra; se o primeiro Presidente dos Estados Unidos da América fosse uma mulher; se os cientistas fossem venerados como as estrelas do Rock e por ai vai.

Wanda Jorge. 
editora-executiva
Revista Ciência e Cultura da UNICAMP


Referências indicadas e recomendadas:
CAVELOS, Jeanne. A Ciência de Star Wars (Guerra nas Estrelas). São Paulo: Market Books, 1999.
DANTON, Gian. Ciência e Quadrinhos. João Pessoa: Marca de Fantasia, 2005.
Ginway, Mary Elizabeth. Ficção Científica brasileira: mitos culturais e nacionalidade no país do futuro (1960-2000). São Paulo: Editora Devir, 2005.
GOMES, Emilio Hoffmann Neto. Hidrogênio: evoluir sem poluir. Curitiba: Brasil H2 Fuel cell energy, 2005.
Gresh Lois e Weinberg Robert. A Ciência dos Super-Heróis. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005.
HANLEY, Richard. A Metafísica de Jornada nas Estrelas. São Paulo: Makron Books, 1998.
IRWIN, William, Matrix: bem- vindo ao deserto do real. São Paulo: Madras, 2003.
KRAUSS, Lawrence M. A Física de Jornada nas Estrelas. São Paulo: Makron Books, 1996.
MURRAY, Janet H. Hamlet no Holodeck: o futuro da narrativa no ciberespaço. São Paulo: Itaú Cultural, Editora UNESP, 2003.
ROWLANDS, Mark. Scifi=scifilo: a filosofia explicada pelos filmes de ficção científica. São Paulo: Relume Dumará, 2005.
SIMON, Anne. A Verdadeira Ciência por trás do Arquivo X. São Paulo: Editora Unicórnio Azul, 2000.
Yeffeth, Glenn (Org.). A Pílula Vermelha: Questões de Ciência, Filosofia e Religião em Matrix, São Paulo: Publifolha, 2003.


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Nefilin no Deus Ex Machina da Estronho


Olá amigos!
Faz tempo que não escrevo nada por aqui. 

Escrevendo artigos acadêmicos e cuidando de outros blogs, não é fácil. Enfim. Semana passada (12, 13 e 14 de agosto de 2011) estive em São Paulo na FANTASTICON 2011, lançando meu conto “Nefilin” na coletânea da editora Estronho – “Deus Ex Machina: anjos e demônios na era do vapor”. 

Pra quem mora em Curitiba a novidade é que iremos (eu e a editora), fazer um lançamento exclusivo em nossa cidade. 

Se você for steamer (apreciador do steampunk) e vier de steamplay (fantasia) leva + 10 % de desconto alem do desconto da livraria para o dia do lançamento.

Nefilin é o primeiro conto paranaense de ficção científica steampunk. Outros seis livros estarão sendo lançados e entre eles o SteamPink, escrito apenas por mulheres. Venha aumentar seu cabal literário.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

75 filmes brasileiros de Ficção Científica e Fantasia

Relação de 75 Filmes Brasileiros de Ficção Científica e Fantasia:

1. Abrigo Nuclear (Roberto Pires, 1981)
2. Acquaria (Flávia Moraes, 2004)

4. Alguém (Júlio Silveira, 1980)
5. Amor Voraz (Walter Hugo Khouri, 1984)
6. Anunciador: O homem das tormentas, O (Paulo Bastos Martins, 1970)
7. Areias Escaldantes (Francisco de Paula, 1985)
8. Bandido da Luz Vermelha, O (Rogério Sganzerla, 1968)
9. Barbosa (Jorge Furtado, 1988) (curta)
10. Bicharada da Dra. Schwartz, A (Regina Rheda, 1986) (curta)
11. Bonecas Diabólicas (Flávio Ribeiro Nogueira, 1975)

12. Brasil Ano 2000 (Walter Lima Jr., 1969)
13. Carnaval em Marte (Watson Macedo, 1954)
14. Cassiopéia (Clóvis Vieira, 1996)
15. Céus de Fuligem (Márcio Napoli, 2005) (curta)
16. Cosmonautas, Os (Victor Lima, 1962)

17. Efeito Ilha, O (Luiz Alberto Pereira, 1994)
18. Elke Maravilha contra o Homem Atômico (Gilvan Pereira, 1978)
19. Evolução – Homem Vs. Máquina: A luta do século no planeta dos botões (José Mojica Marins, 1979) (curta)
20. Excitação (Jean Garrett, 1977)
21. Filhas do Fogo, As (Walter Hugo Khouri, 1978)
22. Fim, O (Elie Polliti, 1972) (curta)
23. Flauta das Vértebras, A (José de Anchieta, 1970) (curta)
24. Fósforo Eleitoral, O (Cia. Photo-Cinematographia Brasileira, 1909)
25. Hipócritas (Letícia Imbassahy e Marcos Pando, 1986) (curta)
26. Hitler 3º Mundo (José Agripino de Paula, 1968)
27. Homem das Estrelas, O (Jean-Daniel Pollet, 1971)
28. Homem de Seis Milhões de Cruzeiros contra as Panteras, O (Luiz Antônio Piá,1978)
29. Homem que Comprou o Mundo, O (Eduardo Coutinho, 1968)

30. Kenoma (Eliane Caffé, 1998)
31. Loop (Carlos Gregório, 2002) (curta)
32. Macabro Dr. Scivano, O (Raul Calhado e Rosalvo Caçador, 1971)
33. Malandros em Quarta Dimensão (Luiz de Barros, 1954)
34. Memórias de um Anormal (Inácio Zatz e Ricardo Dias, 1989) (curta)
35. Monstros de Babaloo (Elyseu Visconti, 1970)
36. Mude seu Dial (Tata Amaral, ) (curta)
37. Mulher Biônica Sexy (Radi Cuellar, 1979)
38. Mulher de Proveta, A (José Rady, 1984)
39. Nº 19 (Paulo Miranda, 2000) (curta)
40. Oceano Atlantis (Francisco de Paula, 1993)
41. Outra Meta (C. Perina C., 1975)
42. Parada 88: O Limite de Alerta (José de Anchieta, 1978)

43. Os Paspalhões em Pinóquio 2000 (Victor Lima, 1982)
44. Ponto Final (José de Anchieta, 1975) (curta)
45. Por Incrível que Pareça (Uberto Molo, 1986)
46. Princesa e o Robô, A (Maurício de Souza, 1983)
47. Projeto Pulex (Tadao Miaqui, 1991) (curta)
48. Punk’s, Os Filhos da Noite (Levy Salgado, 1983)
49. Quem é Beta? (Nelson Pereira dos Santos, 1973)

50. Quinta Dimensão do Sexo, A (José Mojica Marins, 1984)
51. Quinto Poder, O (Alberto Pieralisi, 1962)

52. Reticências (José de Anchieta, 1971) (curta)
53. Roberto Carlos em Ritmo de Aventura (Roberto Farias, 1968)
54. Science Fiction (Luiz Rosemberg Filho, 2000) (curta)
55. Segredo da Múmia, O (Ivan Cardoso, 1982)
56. Sete Vampiras, As (Ivan Cardoso, 1986)
57. Shuim, O Grande Dragão Rosa (Cristiano Popov Zambias, 1997)
58. Signo de Escorpião, O (Carlos Coimbra, 1974)
59. Simão, O Caolho (Alberto Cavalcanti, 1952)
60. Tempo Real (Mino Barros Reis e Joana Limaverde, 2004) (curta)
61. Trapalhão no Planalto dos Macacos, Os (J.B. Tanko, 1976)
62. Trapalhões na Guerra dos Planetas, Os (Adriano Stuart, 1978)
63. Trapalhões na Terra dos Monstros, Os (Flávio Migliaccio, 1989)
64. Trapalhões no Rabo do Cometa, Os (Dedé Santana, 1986)
65. Túnel 93º (C. Perina C., 1972).
66. Último Cão de Guerra, O (Tony Vieira, 1980)
67. Aventuras de Sérgio Malandro, As (Erasto Filho, 1988)
68. Bacalhau, O (Adriano Stuart, 1976)
69. Costinha e o King Mong (Alcino Diniz, 1977)

70. Fofão e a Nave Sem Rumo (Adriano Stuart, 1989)
71. Gato de Botas Extraterrestre, O (Wilson Rodrigues, 1990)
72. Gigio no Castelo do Drácula (Pedro Siaretta., 1987) (TV)
73. Incrível Monstro Trapalhão, O (Adriano Stuart, 1981)
74. Inseto do Amor, O (Fauzi Mansur, 1980)
75. Lobisomem na Amazônia, Um (Ivan Cardoso, 2005)

terça-feira, 21 de junho de 2011

Pobres locações inglesas

Adoro séries, principalmente séries de ficção científica. Mas naturalmente que vez ou outra também navego entre séries de outros gêneros, principalmente as que são recomendadas. Tenho acompanhado recentemente Primeval e Camelot, ambas inglesas (como meu querido Doutor Who).
Como tenho memória fotográfica, quase levei um susto quando percebi que uma caverna que eu havia visto no terceiro episódio da primeira temporada de Camelot, era a mesma caverna do episódio 5 da quarta temporada de Primeval. Pelo visto pensam que essa locação é pouco conhecida por lá.
Pra quem não conhece Primeval narra as aventuras de um grupo secreto do governo inglês que tentam deter criaturas pré-históriacas de vários períodos, que escapam por vórtices temporais em pleno século 21. Também existem alguns vórtices que alcançam o futuro e ai é que a coisa começa a ficar mais interessante. Aliás, viagens temporais sempre são interessantes, não é Camila?
Camelot é uma nova versão da famosa história do Rei Arthur e dos Cavaleiros da Távola Redonda. Aliás, uma bela versão. Pra quem é fã de HBO: Game of Thrones tenho certeza que poderá agradar. Só não espere grandes locações como as da HBO como é possível perceber aqui. (rs).

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Vincent e o Doutor

Quando penso que a série Doctor Who não trará mais novidades, eis que surge o décimo episódio da quinta temporada “Vincent e o Doutor”. 

Poderia escrever milhares de linhas tentando explicar como esse episódios em especial me tocou, então direi apenas assista quando puder. Um episódio verdadeiramente emocionante. 

Só posso dizer que Doctor Who esta se tornando uma das séries preferidas de minha vida. Um episódio de pura poesia que toca o seu coração.
Onde conseguí-lo? Aqui.


Créditos vão à @dudacs que mandou o molde pro twitter do blog universowho…
O que temos aqui é um molde pra fazer sua própria miniatura da Tardis…E é tudo muito simples…Recorte em volta do molde; Use uma faca, ou tesoura para abrir as linhas brancas logo abaixo das letras; Dobre um pouco a parte do teto, para dar um efeito como no da Tardis “real”; Não precisa usar cola, mas se quiser, use cartolina ou papelão.
Clipe especial do episódio:

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

TRON - Legado: um filme totalmente discriminatório


A Disney não mudou nada sua forma machista de fazer filmes.  Apesar de estarmos no século XXI as mulheres ainda recebem papéis superficiais ou subalternos no filme Tron.  As primeiras mulheres que aparecem no filme representam papel de mães e daquelas bem antigas estilo medieval, quando surgem apenas para vestir o guerreiro com sua armadura. Uma delas ainda se dá ao luxo de aconselhar o protagonista como que para reforçar sua imagem materna, visto que ele não sabia o que fazer, tadinho. Em seguida, as quatro mulheres são congeladas na parede como se só servissem pra isso.  A protagonista que surge mais a frente é uma aprendiz que também é mostrada apenas para servir, pois salva o protagonista inúmeras vezes sacrificando-se inclusive por ele.  Sua imagem sempre é de mulher submissa e subserviente. É lamentável que em pleno século XXI a mulher ainda seja relevada a meros papéis sem importância. Fico imaginando porque uma mulher não poderia ter sido a protagonista principal nessa história? Porque o filho não poderia ter sido uma filha? Onde estavam as cenas de mulheres lutando como os homens ou mesmo entre elas? Percebe-se por esse filme que a mulher ainda esta longe de alcançar seu lugar de merecimento em nossa sociedade. 

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Pionner One - um conceito revolucinário?


Um novo conceito de fazer series de ficção científica. A série Pionner One é realizada totalmente com doações de fãs ou interessados em criar uma nova maneira de fazer televisão. Você doa algum valor, ao menos um dólar e divulga o máximo possível via internet para seus amigos. Já foram produzidos três episódios e os diretores estão solicitando mais doações para terminarem a primeira temporada que terá 5 episódios de 35 minutos cada.

"O projeto que está sendo financiado em sua grande parte pelo site VODO (VOluntary DOnation), que é uma plataforma de distribuição de conteúdo online, é pequeno (o episódio piloto custou US$ 6.000,00), mas possui grandes ambições. Além de ser a primeira série feita exclusivamente para internet, ela é distribuída totalmente de graça via download. Isso mesmo! Por meio de sua rede de torrent, a VODO pretende revolucionar o modo como a indústria cinematográfica produz e promove seus projetos. Destacando que grupos como Limewire e uTorrent, além de sites como EZTV e The Pirate Bay, também deram seu apoio total ao projeto." - retirado de http://www.seriemaniacos.com.br/blog/primeiras-impressoes-pioneer-one/

A trama gira em trno do retorno de uma nave Soyuz soviética após vários anod de seu lançamento, e no seu interior encontra-se uma revelação que pode alterar a história da humanidade.
A intenção do estúdio é contar a história em 4 temporadas de 7 episódios cada,
http://vodo.net/pioneerone
E as legendas já estão disponíveis no legendas.tv

Se você ficou curioso conheça a série que é gratuita e esta disponível para download nesse endereço:
Confesso que não achei a atuação dos atores escolhidos muito boa e considero a série muito fraca, mas incentivo a idéia de fazerem séries dessa forma.

Você pode doar de 5 dólares a 2mil dólares, sendo que esse último te dá o direito a aparecer como produtor nos créditos de pelo menos dois episódios.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Lançamento da antologia Proibido ler de gravata

Lançamento da antologia Proibido ler de Gravata organizada pelo escritor André Carneiro com minha participação entre outros.


Conto com sua presença,
Carlos

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Hobbitcon 2009





















Sim, eu estive lá!
Graças a dica do meu amigo curitibano sempre antenado Roberson Caldeira Nunes de Curitiba participei no dia 10 de outubro dos bastidores do Hobbitcon 2009 que ocorreu no Sesc de Copacabana lá no Rio de Janeiro.
O evento foi abrilhantado com a presença do ilustre convidado e artista plástico canadense Ted Nasmith (arte dos créditos da trilogia do Senhor dos Anéis). Antes que vocês perguntem. Sim, tirei foto com ele =]
Também estavam por lá os trekkers da AFERJ Academia da Frota Estelar do Rio de Janeiro (www.aferj.adm.br) e os jedis do Conselho Jedi RJ (http://www.jedirio.com.br/). Todos muito receptivos e amáveis como costumam ser os cariocas. Fizemos bons contatos e trocamos bastante informação a respeito de eventos, trabalho em conjunto, eventos nacionais, etc. De minha parte penso que representei tanto o Clube de Leitores de Ficção Científica, a Federação dos Planetas Unidos, quanto a Confraria de Escritores de Ficção Científica e o Conselho Jedi PR dos quais faço parte.
O evento estava lotado, bem organizado pelas "tocas" dos Hobits composta por membros de vários estados brasileiros o Conselho Branco Sociedade Tolkien (http://duvendor.com.br/portal/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1) e estavam todos saltitantes de alegria pelo sucesso do evento. Os estades de vendas estavam muito interessantes e não resisti gastar um pouquinho. Arrematei dois copos de Star Trek (Spock e Uhura), três quadrinhos da década de 70 de Jornada nas Estrelas (raridade) e como não podia deixar de ser, uma linda camiseta do conselho jedi carioca.
Também conheci alguns dos organizadores do evento, Francisco (Chiquinho) caricaturista do F-Zero studio (http://fzerostudio.com.br/wp/?page_id=1790) de Guarulhos (SP), que já se ofereceu para trabalhar em nossos eventos curitibanos e que costuma fazer caricaturas em três estilos diferentes (Antropomórfica, mangá ou pocket SD, daqueles achatadinhos tipo miniatura cabeça grande e corpo pequeno); Thomaz Brasil que é especialista em objetos torneados em madeira que no caso ministrou uma oficina de confecção de anéis em aço, por conta da temática do evento. Ainda fiz contato com os comerciantes aficionados cariocas Guto (kontrakapa@yahoo.com.br) e Alexandre (http://eshops.mercadolivre.com.br/tauri_classics). Ambos possuem farto material importado e nacional de temáticas Scifi.
Um objetivo nacional que já fomos convidados pelo Conselho Branco Sociedade Tolkien a participar será o de trazer ao Brasil Cristopher Lee.
Ao final do evento me convidaram para acompanhá-los a um rodízio de pizza.
Só posso dizer que meu sábado foi especial e preenchido com um dos pedaços mais gostosos que a vida pode proporcionar a uma aficionado pela ficção científica. Conheci novos amigos e como dizem lá no Rio "caraca" pessoas sensacionais.
Como diz o lema da AFERJ encontrei por lá amizade, honra, entretenimento e cultura.
Obrigado a todos e parabéns por mais um evento bem sucedido.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Jornada Steampunk




O movimento Steampunk vem crescendo a olhos vistos, inclusive no Brasil. Já existem cosplays steampunk dentro dos animencontros ou eventos de animê. O estilo vitoriano lembrando tecnologia a vapor como em um mundo paralelo é uma nova forma de escrever ficção científica. Como se não bastassem os contos cibervaporianos agora está surgindo a moda Steampunk que para alguns seria um novo estilo de vida. O interessante é a riqueza de detalhes e a mistura de épocas sempre lembrando futuroretro. Aparelhos valvulados, pistolas wester-laser, roupas vitorianas com as máscaras blue ou Green (lembrando máscaras de pilotos de avião da 2ª guerra, mas de tons azuis ou verdes com leds reforçando a cor), teclados e computadores de cobre ou bronze.

Nem Jornada nas Estrelas escapou da moda. Veja fotos da tripulação da clássica em:
http://www.rabittooth.com/OtherWallpapers.htm ,
ou aqui
http://steampunkworkshop.com/steampunk-star-trek-wallpaper
todas em estilo steampunk. Eu particularmente apreciei em demasia e já estou pensando em transformar meu computador e teclado aparentemente movidos a vapor. Fiquei imaginando como seria a Enterprise Steampunk...
Tem uma paródia que fez algo, mas ainda esta longe do ideal:
http://www.youtube.com/watch?v=6Y39gHihP74
Também há um site inglês vendendo bracelete SteamPunk Trekker por 40 libras.
Vários filmes e seriados demonstram estilos steampunk (alguns mencionando Nikola Tesla) como James West, Armazém 13, The Rocketeer, A Liga Extraordinária, Capitão Sky e o Mundo de Amanhã, SteamBoy, esse último uma animação de tirar o chapéu de 2004 feito por Katsushiro Otomo, o mesmo de Akira.
A inspiração para isso tudo veio da imaginação humana, possivelmente influenciada pelos contos de Julio Verne e H. G. Wells.
Na ComicCom2009 o Steampunk estava presente de forma estonteante.

Pelo visto a moda veio pra ficar! Seja muito bem vinda!
Para saber mais ou aprofundar seus conhecimentos no assunto visite o blog SteamPunk PR.